segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ÁRBITRO PEDE DESCULPAS AOS BLUES E VIRA PADRE


Tom Henning Ovrebo ficou mundialmente conhecido por arbitrar e não apitar três pênaltis na semifinal da Copa dos Campeões entre Chelsea e Barcelona em pleno Stamford Bridge. O jogo terminou 1 x 1, resultado que eliminou o clube inglês e colocou o Barça na final.

A Folha de SP garante que a entrevista da qual retirei trechos é verdadeira. Aí vão:

“Apenas o retiro, a busca da espiritualidade integral e a entrega aos demais me permitirão recuperar a paz perdida naquela noite fatídica em Londres. Peço desculpas publicamente ao Chelsea, a todos. E vou me tornar um padre. Daqui para a frente serei o padre Knut. -Minha ideia é ser um missionário.”

”Busquei uma explicação para o meu desempenho em Stamford Bridge e não consegui encontrar nem em Freud ou qualquer outro. Vivi um pesadelo quase diário, sempre me apareciam Drogba, Ballack, Essien. Meus erros se prolongaram no tempo. Não ouvirão mais falar de mim.”

"Frequentemente recebia mensagens com imagens dos pênaltis. Estou me retirando deste mundo da arbitragem pois não quero mais causar danos a ninguém. Minha alma está tranquila. Outro árbitro vai ocupar meu lugar mais cedo ou mais tarde."

Alguns dizem que tudo não passa de armação, pois uma das fontes da suposta entrevista é o diário espanhol As. Dizem que este é responsável também pela montagem acima por ser hoje o dia de Todos os Santos neste país, dia que os espanhóis consideram o dia da mentira.

Procurei no saite do Estadão onde ele consta como um dos pré-selecionados para atuar na copa de 2010.

Verdade ou mentira esta notícia deveria servir para que os inatingíveis árbitros brasileiros reflitam sobre as atrocidades cometidas no último campeonato nacional e outras copas.

Já que a reclusão que realmente eles merecem não vai acontecer, convertam-se ao cristianismo, de preferência um seminário onde não tenha um campo de futebol.

ESCUTANDO: Airto Moreira, Missa Espiritual - 1984.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MORRE UM GRANDE HUMORISTA BRASILEIRO

Houve um tempo em que todos os curitibanos, mas todos mesmo, conheciam um deputado estadual e apresentador de de tv (e político assistencialista) chamado Luiz Carlos Alborghetti. Em qualquer lugar, em algum momento ele era citado.

Ricos, pobres, crentes, católicos, roqueiros, sertanejos, empresários, empregados assistiram seu programa policial ao menos uma vez, nem que fosse somente para conhecê-lo. A maioria não gostava ou odiava.

Conheci pessoas que o assistiam como se assistissem a um programa de humor (vejam a falta que um humorista decente não faz), pois bandidos eram esculhambados tal qual Seu Madruga nas mãos do Chaves.

Outra identidade com os programas humorísticos eram os bordões, repetidos por toda a cidade a toda hora.

O ponto alto do programa era mostrar meliantes presos e baleados, isto é, quando sentavam “NO COLO DO CAPETA” ou “NA TROMBA DO ELEFANTE” e ficavam “NO BICO DO CORVO” ou “NO BEIÇO DO MACACO”. Ou iam para onde, na idéia dele, é o melhor lugar para abrigar marginais: “CEMITÉRIO!!! CEMITÉRIO!!! CEMITÉRIO!!!”, pois "BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO".

ESCUTANDO: Stray Cats, Stray Cats – 1981

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DITADURA

A indignação relativa ao tratamento dado pela policia aos manifestantes que pediam a retirada de José Roberto Arruda do DEM do governo do DF vai além da repulsa a um ato violento, pois já sabemos que “as policias do mundo continuam espancando os inocentes”, citando uma conclusão triste, porém poética do mestre Jorge de Lima.

Menos poético, no entanto certeiro e lúcido, Lenin dizia que é melhor uma briga que leve a algum resultado a uma reunião pacífica terminada sem solução simplesmente por cansaço, e é aí que o título desta postagem se justifica.

Como em toda ditadura, quem se rebela é reprimido com cavalaria e armas, enquanto isso nossas câmaras legislativas e senado e governo discutem dias, semanas, meses, e o desfecho sempre vai contra a vontade popular, vide a permanência de José Sarney na presidência do senado, foram onze processos arquivados.

Já que fiz algumas citações, termino com mais uma, só que esta não é nada poética, certeira ou lúcida, é do coronel Luiz Fonseca da PMDF justificando o massacre: “é preciso garantir o direito de ir e vir da população”.

Pois é, o direito de ir e vir com dinheiro escondido na cueca e nas meias.

ESCUTANDO: The Cramps, A Date whit Elvis – 1986